A partir do dia 31 de dezembro deste ano estará proibida a existência de fiação aérea de telecomunicações, elas deverão ser subterrâneas em Pelotas. O decreto, publicado ontem, garante a ação nas quatro quadras da Andrade Neves - entre Voluntários da Pátria e Lobo da Costa - e nas duas da rua 7 de Setembro, entre 15 de Novembro e General Osório.

De acordo com o responsável pela pasta de Planejamento e Gestão (Seplag), Roberto Ramalho, a ação faz parte da obra de requalificação do Calçadão, que contemplou o local com melhorias "visíveis e invisíveis". Durante a obra, foi realizada a construção de uma rede subterrânea com 12 dutos corrugados, será ela que irá abrigar os fios de telecomunicações. Com a nova medida, somente os fios de energia elétrica permanecem, que são de responsabilidade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

Mais do que melhorias na área estética, a nova medida promete deixar o serviço de telefonia e internet mais estável, visto que a fiação não ficará exposta a temperaturas extremas, chuvas e temporais. Como as telecomunicações avançam muito rápido tecnologicamente, alguns fios não têm mais utilidade, mas seguem no local, aumentando ainda mais a poluição visual. Com o novo modelo, o Poder Público passará a ter mais controle sobre a situação. "Os fios serão cadastrados, então somente o que estiver funcionando ficará imerso", completou Ramalho.

O secretário garante que as empresas de telefonias acompanharam todo o processo e obras. Todas elas estiveram de acordo com a mudança e se mostraram favoráveis à readaptação. A partir de agora, a retirada da fiação aérea e colocação da subterrânea será de responsabilidade das empresas. Durante a obra, a construtora Pelotense - empresa responsável pela requalificação depois do processo de licitação - emitiu um laudo assegurando que não existe nenhuma obstrução nos canais, ou seja, estão prontos para receber os fios.

Centro Histórico

O Centro Hitórico também está na lista de espaços a darem adeus aos fios. A instalação de fiação subterrânea no local ainda precisa da análise do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a previsão é que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre. A mudaça faz parte da segunda etapa de requalificação da Praça pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas. O projeto prevê a instalação de fiação subterrânea no entorno da Praça Coronel Pedro Osório e a instalação de iluminação cênica em parte dos prédios históricos que contornam o espaço. A elaboração do projeto teve início em 2014, com a contratação de empresa responsável pelo trabalho. Ao longo do tempo, foram necessárias diversas tratativas com a CEEE, com o intuito de garantir o treinamento de uma equipe local para a manutenção dos procedimentos. O último termo aditivo do contrato foi assinado em outubro do ano passado, e estabeleceu o prazo de até 94 dias para a entrega do projeto. Aprovadas pela CEEE, as intervenções precisam ser analisadas por equipe da secretaria municipal. Na sequência, o projeto será remetido para a Superintendência do IPHAN em Porto Alegre e, depois, para a capital federal.